terça-feira, 7 de setembro de 2010

Fatofatal

A vida é inteligente.
Basta um respirar profundo e ela já sabe o que fazer de nós.
É o corpo que se adapta cada vez mais ao novo, ao duvidoso, ao incontrolável.
A renovação continua, sempre disposta a nos invadir em cada momento.
Fecho os olhos e abro os braços pro mundo.
Explodo de desejos.
Eu desejo.

Eis o reveillón da vida.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Nota de esclarecimento

Não tenho medo da minha condição.
Entendo, reflito, eu, a verdade, hoje e aqui.
Apego e egoísmo?
Apegos sem aviso prévio, apegos pré datados.
Só, a condição maior.
O meu caminho e todo o motivo.
Estou dentro do meu abraço.
Nas coisas que bastam, instinto.
Não se podem repetir as cores, não se podem repetir as músicas, não se podem.
Já não espero que sejam iguais.
E aos poucos desaflorando a covardia popular.
Do costume á imprevisibilidade.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Presença digerida

Algo que é sempre somado aos acontecimentos: Esperança.
Dia desses nos perdemos, voamos, viajamos.
Nem lembro como.
O vento suave de hoje faz recordar aqueles os quais mal consegui ficar parada e por um triz não fui carregada, levada embora.
Consegui me manter firme.
Agora, ficando atenta a qualquer suspeito balanço.
Já não sei o que guardar.
Já não guardo o que eu sei.
Acho que hoje escureci as cores da minha lembrança.
Amanhã acho que não.
Daqui a um mês sim; as pinto novamente.
Me perdi, perdeu- se.
Da janela daqui não há como acenar.
Faltou.
O vento cessou.
O sorriso ficou.
Eu espero um tempo.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Sobre viver (aos 17)

Freqüentemente me limito no ponto de vista que creio ser coerente para um feliz e derradeiro começo.
Deixo de acreditar nas metáforas e nos "contos de duendes" para jogar-me em meio a essa realidade inquietante.. com armas,sem rosas.
Julgar meus princípios: modo atual de nunca evitar ser alguém que será e foi.Que é.
Isso me declara até um pouco injusta com a comunidade a qual por consequência ou seleção natural estou inserida, em termos estruturais e laços genéticos.
Poderei fazer de mim agora o que eu necessitava há longa data.
Poderei não me reprimir, poderei auto aconselhar-me.
Mas não dá pra fingir, proliferar ilusões.
Garantirei que não me prenderei a laços duvidosos.
Afirmarei que a vida é passiva de nossas atitudes e que a mente conclui e nos ensina cada segundo a viver de acordo com o que nossas permanentes neuroses manifestam.
O que eu preciso saber nem sempre deixo que saibam junto comigo.
Um cobertor verde e um camaleão enclausurado.
Será que não está na hora? Ainda não sei se devo partir.
Se cedo, se tarde , se talvez.
Mas elas, as horas, são tão inconscientes quanto meus sentidos e possibilidades.
Elas me prendem. Vivem. São imortais.
Na folga existente tornam-se desnecessárias.
Realmente não me importo com elas.
E pro seu governo, uma má vida mesmo parte do egoísmo social, da desesperança interior, do exterior fajuto e visivelmente deslumbrante.
Eis que ainda sobrevivo.

SedentArismo

Apressam-se as doenças cardiovasculares.
Eu só quero guardar apenas o que eu não achei.
Na época em que o ócio me convidou pra tomar chá foi quando pude conquistar aquele poder inibido.
Sua voz calou-se.
Mas conseguiu ser influente.
Agora tentando decifrar o fiel subconsciente avalio que limitada é a sua razão.

Auto favor

É tudo free. :)
O desgoto numa jarra de dois litros é derramado sem misericórdia.
A fraqueza e seu neo liberalismo invade-nos sem permissão.
A risada continua a soar espontaneamente.
Tentando fazer minha trilha sonora e encobrindo as decepções.

Lágrimas de outrora

O choro engasgou-se
Permaneceu abstinente
Enquanto longo e situado
Pouco o percebi incomodado.
A farsa inibe nobres desabafos
Dos mais profundos e ocultos.
O instinto sequer expõe impulso
Estás preso, faz-me rir ou chorar
Desatas nó cego.
Não reconheço mais os motivos.
Frieza e coragem.
Pranto expresso, emotivo, jogado em jogos da vida rotineiros, o velho filme dominical.
Lágrimas vindas, lágrimas presas, lágrimas passadas, enfim, libertas.